terça-feira, 20 de dezembro de 2011

TORCEDORES

FAMOSOS

Abílio Diniz
Adhemar F. da Silva
Alemão
Alexandre Barros
Ana Paula
Ana Paula_arosio
André Plihal
André Ribeiro
Andreas Kisser
Antônio Pizzonia
Aurélio Miguel
Benedito Rui Barbosa
Bruna Lombardi
Carlos Alberto
Carlos Nascimento
Cassio Gabus
Cesar Filho
Claudete Troiano
Claudinei Quirino
Daniel
Denis Carvalho
Dinho
Éder Jofre
Edgar Scandurra
Eliana
Ellen Roche
Feiticeira
Felipe Massa
Fernanda Venturini
Fernanda Paes Leme
Fernando Solera
Gian
Gustavo Borges
Hebe
Henri Castelli
Íves Gandra
Jairzinho
João Kleber
José João
José R. Guimarães
José Simão
José Victor Oliva
Juca Chaves
Junior
Karina Bacchi
Kid
Lima Duarte
Luana Piovanni
Luciana Melo
Luciana Vendramini
Luciano Szafir
Luisa Mell
Luiz Gustavo
Luiz Mattar
Luiza Ambiel
Marcos Mion
Mari Alexandre
Marisa Orth
Mauricio de Sousa
Mauro Silva
Maurren Magi
Meligeni
Montanaro
Nando Reis
Nasi
Paloma Duarte
Pampa
Patricia de Sabrit
Paulo Betti
Paulo Caruso
Popó
Raul Cortez
Reinaldo Gianechinni
Renata Ceribelli
Rodrigo Faro
Roger
Sandy
Scheila Mello
Sombra
Solange Frazão
Tarcisio Filho
Tato Gabus
Ticiane Pinheiro
Thunderbird
Tony Ramos
Vanessa Camargo
Vanessa Menga
Victor Birner
Willian Bonner
Zezé di Camargo


TORCIDA ORGANIZADA





A Independente nasceu das divergências de idéias e posturas entre a torcida uniformizada TUSP e alguns dos seus filiados. Tiveram muitas dificuldades mas souberam superá-las. Sua história começa em março de 1972. O São Paulo disputava a Taça Libertadores da América no Paraguai. Seus adversários, o Cerro Porteño e o Olímpia.

Os torcedores uniformizados(TUSP) estavam animados, pois era a primeira vez que compareciam aos jogos no exterior. Os preparativos começaram muito bem. Fretaram 8 ônibus. Pagaram pela excursão, incluindo hospedagem.

Na bagagem dos organizadores, muitas camisas e brindes para serem distribuídos aos simpatizantes do São Paulo. No entanto a viagem teve o amargo saber da derrota. O time perdeu o primeiro jogo na quarta-feira por 3 a 2, para o Cerro Porteño e a torcida, a confiança na diretoria da TUSP. "Não bastasse o time ter perdido descobrimos que os cabeças da torcida ficariam hospedados em hotéis 4 estrelas e os demais em pensões. Para completar, ficamos sabendo que em vez deles distribuírem os brindes e camisetas, estavam vendendo", lembra Newton Ribeiro, um dos fundadores da Independente. Foi a gota d'água. Na volta da excursão, logo após o ultimo jogo, no domingo (São Paulo 1 x 0 Olímpia), no próprio ônibus já se começou a cogitar formação de uma facção da torcida.

A idéia se concretizou durante um jogo no Pacaembú quando Newton foi procurado por Ricardo Rapp e Rinaldo Cardoso, outros dois torcedores descontentes para discutirem a formação da nova torcida.

Mais tarde juntaram-se a eles um grupo de 40 jovens, que há algum tempo, estavam insatisfeitos com as muitas regras impostas pelo pessoal mais velho da TUSP.

As dificuldades para a fundação da Independente foram muitas. A começar pelo Diretor Social do SPFC, Sr. Arnaldo Ruick, que não aprovava a formação da nova torcida. "Dizia que isso era coisa de corinthiano e maloqueiro", conta José Carlos Zabeu, um dos torcedores da ala jovem. Outro problema que tiveram de superar foi a falta de um local para as reuniões. Para a primeira emprestaram uma das salas da Esfera Tour Turismo na Av. Ipiranga. Nesse dia grandes decisões foram tomadas. A principal, a escolha do nome, Pensaram inicialmente em colocar o nome de animal, muito comum na época. Mas, Ricardo Rapp, inspirado nos vários movimentos de independência que estavam ocorrendo no mundo, sugeriu o nome de Independente que, inclusive traduzia bem os ideais da torcida, "de total independência do clube". Surgiu assim o nome "Tricolor Independente".

O passo seguinte, a definição da camisa. A eleita foi a do uniforme um, já que a Tusp usava o uniforme dois. Depois organizaram a diretoria, composta por: Newton Ribeiro, presidente; Rinaldo Cardoso Leite, vice-presidente; Ricardo Rapp, coordenador de campo e tesoureiro; e Célio Perina, José Octávio Alvez Azevedo, Plínio Peloso, José Oswaldo Feitosa, sem cargos específicos. Nessa reunião ficou ainda resolvido, ainda que só usariam bandeirões bem grandes de quatro por seis metros, com o nome da torcida, para chamar atenção nos estádios; e que a torcedora símbolo seria dona Filhinha, figura muito querida dos são-paulinos. A data oficial da fundação da Independente ficou sendo a de 17 de abril de 1972. Seus estatutos ficaram prontos no dia 9 de junho do mesmo ano.

Para ser sócio bastava ser são-paulino, ter duas fotografias e contribuir mensalmente com Cr$20 mil, como é até hoje, com valor diferente. A luta no campo não foi menor. Tiveram de brigar por um espaço na arquibancada e no estádio, para guardar o material, e, ainda conquistar novos torcedores.

O primeiro jogo ao qual a torcida compareceu oficialmente foi no dia 23 de abril de 1972, no Estádio do Pacaembú. O São Paulo jogava contra a Lusa. A primeira preocupação foi o espaço a estabelecer na arquibancada, já que na época a TUSP ocupava todo o local. "Nós optamos pelo meio", explica Newton. Lugar estabelecido, partiram em busca de novos associados. Cada torcedor que víamos com a camisa do São Paulo era convidado a se integrar à Independente. Foi desse modo que encontraram os primeiros associados. José Carlos Zabeu, Mário Luiza Marcondes (Cida), Luis Alfredo (Turiassu) entre outros. A cada jogo o processo se repetia. O trabalho era cansativo. Mas, o mais desgastante era não ter onde guardar o material, (a sala da Av. Ipiranga só ficou emprestada por 3 meses).

Dia de jogo, eram obrigados a chegar muito mais cedo aos estádios, porque tudo era feito lá mesmo com algumas horas de antecedência. "Tínhamos de cortar o bambu (conseguidos no cemitério das redondezas) confeccionar as hastes da bandeira, pois não tínhamos como transporta-las, colocar as faixas e ainda brigar pelo lugar' conta Newton. O sufoco chegou a tal ponto que resolveram procurar o conselheiro do São Paulo, Paulo Planet Buarque, para pedir um espaço no Morumbi. A reunião foi marcada com o conselheiro de obras do estádio Antonio Numes Leme Galvão. Mas, o tema do encontro acabou sendo a própria torcida: "Eles queriam que desistíssemos. A sala foi conseguida depois de um ano e de muitas idas e até lá. Paralelamente, a luta por uma sede continuava. A maior dificuldade foi com os proprietários, que negavam a locação, logo após saberem o motivo da procura.

Enquanto isso, os encontros se realizavam na Galeria Guatapará, na rua 24 de Maio, ou no Largo do Paissandu, a céu aberto. "O País passava por uma época de muita repressão e ditadura, e sempre éramos molestados pela polícia, que não podia ver um grupinho reunido, e já desconfiava tratar-se de um complô", recorda Newton. Recorreram, também, a diversas pessoas que se diziam dispostas a ajudar.

Mas nada conseguiram. "A solução veio do Dr. Toledo que nos cedeu uma sala de uma firma de café falida, da qual era fiel depositário, na própria Galeria Guatapará. Mais tarde conseguimos alugar a sala ao lado. Ter a melhor bateria sempre foi o ponto de honra da torcida. A Independente hoje, se constitui em um bloco carnavalesco com mais de 400 integrantes.

A Independente durante os 3 primeiros anos, foi pequena, tendo em média 200 associados. Mas isso não a impediu que se destacasse das demais pelas bandeiras bonitas e por sua bateria. Esta última, ponto de honra da torcida. Para isso, lançavam mão de todos os recursos, contratavam baterias e até cordões carnavalescos. A primeira a acompanhá-la foi o Fio de Ouro, do Rômulo e Remo. Depois seguiram-se a Imperador do Ipiranga, do Paulo; Os garotos da Chácara Santo Antonio e, por último, a Cabeções da Vila Prudente, que permaneceu até a formação da sua própria bateria no começo dos anos 80. Criado pelo torcedor sambista Nelson Novaes Mardini, e amigos da roda de samba no bar do Waldemar, no bairro do Imirim. Atualmente a Independente participa do desfile do carnaval de São Paulo.

A primeira caravana d a Independente para Piracicaba, não traz boas recordações para seus integrantes. O São Paulo disputava o Paulistão 72. A torcida alugou um ônibus mas somente 15 torcedores apareceram. Mas a segunda viagem para Araraquara, ainda durante o campeonato, foi muito importante, pois trouxe a pessoa que iria por as suas finanças em dia: Arari Guimarães. Ele chegou por meio de um anúncio publicado na Gazeta Esportiva. Um recurso para completar a lotação do ônibus que, até aquele momento estava apenas com 20 reservas. E, ainda, levou mais 10 pessoas para a viagem. Mas sua relevância não se resume a isso. "Por ser uma pessoa de muita responsabilidade, nós o convidamos para ser o tesoureiro. Foi graças a ele que conseguimos tocar a torcida para frente". Segundo Newton, antes do senhor Arari, não se podia dizer que a contabilidade era perfeita. "O dinheiro arrecadado ficava no bolso e, às vezes servia de pagamento das rodadas de cerveja do Bar Ponto Chic, no centro da cidade, o ponto de encontro da moçada".

Em contrapartida, quando a Independente se encontrava em dificuldades financeiras, usávamos os próprios recursos para saldar as dívidas", na tentativa de popularizar a Independente.

Hoje as torcidas estão proibidas de entrar nos estádios paulistas portando camisas, bandeiras e itens de facções organizadas, embora lutem na justiça para ter esse direito de volta, ainda não está programada a volta das torcidas aos estádios paulistas, mas no resto do pais ainda é livre a presença das torcidas.



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